Uma pesquisa mundial do HSBC mostrou o quanto pessoas de todas as idades (a partir dos
25 anos) estão financeiramente despreparadas para a aposentadoria – incluindo os brasileiros. Além disso, o levantamento lista os maiores
medos das pessoas em relação ao momento de pendurar as chuteiras. Esses medos
refletem o despreparo: quase todos se relacionam, direta ou indiretamente, a
dificuldades financeiras.
Veja a seguir quais são esses medos e
como se preparar para não tê-los:
1. Dificuldades financeiras
e não ser capaz de realizar as aspirações;
Para se prevenir desse medo, não há
outro jeito, dizem especialistas. É preciso poupar o máximo possível, acumular
patrimônio e, quanto mais cedo de começar, melhor. Mas não só: é importante ter
uma reserva especialmente voltada para a aposentadoria, uma previdência complementar mesmo, o que , no entanto, não é um hábito muito comum.
2. Falta de saúde, não ter
dinheiro suficiente para planos e tratamentos de saúde e passar da
aposentadoria “ativa” para a “passiva”:
Embora seja um temor em si mesmo, a
falta de saúde vem acompanhada da falta de condições para os cuidados com a
saúde. Não ter dinheiro suficiente para planos e tratamentos de saúde, por
sinal, foi o terceiro medo mais citado, por 46% das pessoas.
Um medo menos comum, mas que foi citado
por 17% das pessoas, foi a passagem da aposentadoria “ativa” – a fase em que
ainda se goza de saúde para trabalhar e se divertir – para a aposentadoria
“passiva” – fase posterior, em que o descanso deve ser prioridade e os gastos
com saúde se tornam mais pesados.
Em função do peso
dessas despesas, é fundamental ter um orçamento e um planejamento financeiro
desde cedo. E quanto mais detalhados, melhor. De acordo com Alexandre Canalini,
quem tem um orçamento bem desenhado consegue fazer tudo que é necessário e
ainda poupar todos os meses.
3. Ter que trabalhar por
mais tempo que o desejado ou não ser capaz de trabalhar;
Duas respostas antagônicas apareceram
entre os maiores medos dos entrevistados: 27% deles temem precisar trabalhar
por mais tempo que o desejado e 24% temem não serem capazes de trabalhar depois
de aposentados. A raiz de ambos os temores, porém, é a mesma. A necessidade de
continuar trabalhando, mesmo após aposentado, para conseguir se manter.
Para especialistas, porém, esta é uma
realidade que os brasileiros devem começar a aceitar e para a qual devem se
preparar. “Nossa expectativa de vida subiu muito. Em condições normais, um
homem chegar a uma idade entre 80 e 85 anos e uma mulher viver até os 90 a 92
anos é esperado e razoável”, diz Alexandre Canalini, que acredita que trabalhar
por mais tempo, além dos 60 ou 65 anos de idade, será inevitável.